ÂNSIA DE VIVER
Esta ânsia de viver que me arrebata,
É uma vontade tão forte como o mar
Que se agita em dia de tempestade,
E destrói a praia do meu bom amar.
O meu bom amar é a minha arma
De defesa, que manejo com arte,
E derroto os malfadados demónios
Que se evadiram dos manicómios.
Manicómios onde vivem os marginais
Que foram apanhados nos matagais,
Ao tentarem atacar os meus amores,
Para me provocarem grandes dores.
Dores que tento sarar com as plantas
Da minha selva, onde vivi mais feliz
Que noutras paragens do meu país,
Onde só há pecadoras e não santas.
Santas que me ajudaram a recuperar
O meu ânimo e a minha ânsia de viver,
Nesta vida tão curta, difícil de esperar
Por mim, até eu não resistir e fenecer.
Ruy Serrano - 16.04.2015