O doce roubado da mais doce criança
Tirado com resplendor de maquinação
Este que vem ou tira o adoçado vintém 
O choro que virá e eu o mais tristinho....

E lágrimas agrestes em rosto verdejar
Rolam que limo claro de entristecer-se
O menino desviado de seu presentão
Uma alegria pirulito, troçado delicado

Esfria um choro mais arde permanente 
O tanto é que esvair num frágil gotejar
Este destino dos dedos do pequenino
Que agora some nas mãos de outros

Aquele olhar soluço ou melado frenesi 
Pede-me na justa mão do ajuizado tino
Parando a banda que nunca toca mal
Lamentar aos berros ciliados um pesar

Que fazer eu ao tal pesaroso relatório?
E lá se vai um dia a retirar o queixume 
Atrás de desafinado passo do pilantra!
E o doce antigo agora novo estomacal

Ai, menino, que choras e nada poderei
Dessa luta em vão quere o retornardo
Aquele docinho espanto e digerido sós
Por ora foi-se, mas tente-se resignares

Darei eu ao queixoso outro tal petisco!
Entretanto que se mostre muda oração
E aceite o meu delicado e sabor melaço
A outra bala que de nome já será seu...
 
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 24/04/2015
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