ENTENDIDO PERDIDO

Nos passos perdidos

Os idos vêm e vão

E o entendido

na multidão

Habita a imaginação

Do subentendido

Produto das horas,

Das dores e dos foras,

Do mistério desabrido

Que a vida é,

A fumaça da chaminé

O caminho a pé

O beijo da mulher

Que de amada

Percorre a madrugada

As vielas, os becos

As encruzilhadas

Com ecos

do gosto e perfume,

No gole de sabe-se qual

Copo

O topo

O cume

O sol desaguando embriaga

Na luz dos costumes

os passos perdidos

Se acham,

E pelo entendido eles passam

Enquanto se vai

No vão.

Diego Duarte
Enviado por Diego Duarte em 02/06/2015
Reeditado em 02/06/2015
Código do texto: T5263683
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