Será que Existia?

O problema não é o problema

Não vivo nesse dilema

Mas o que é o existir

Se hoje, foi mais difícil sorrir

Quero aprender sobre a chuva e o ar

Sobre a forma certa de amar

Vendo as coisas como elas são

Sobra o silêncio de explicação

Mas o mundo não cala, matéria em movimento

O poeta não dorme sentindo o sofrimento

Que nem sabe se é seu

Ou se alguém lhe deu

E quem será, senão o próprio

Olhava-se como partívula em um microscópio

Na Terra em que vivia, uma ilusão

Preferia, tão logo, sua imaginação

Que pulsava entre a sorte

E seguir para o norte

De infinita harmonia

Amor e simpatia