Viúva Negra
Ela é como uma aranha
Viúva Negra
Não se espanta
Tampouco canta
Entra pelas entranhas
Encantada a procura de uma beleza
Vulgar, é incapaz de amar
Leva os boêmios para a cama
Prometendo-os uma noite de carícias
Falsas promessas os fazia
E uma faca jazia ao seu lado
Sobre uma escrivaninha
Sendo que no mais alto gozo de delírio
Ela age escondido
A ponta afiada penetra
Dessa vez, não nela
Mas naquela pele suada
De uma indelicada alma
O homem que confiou
Jamais voltou
Pois na piscina vermelha
Sangue ela deseja
Depois esquarteja
O corpo já morto
De algum louco
Com fé em uma estranha
Mal sabia que ela é como uma aranha.