PÓ DA ESTRADA

Outono em minha vida,

recolho os sonhos do chão.

Não cicatriza a ferida,

já vai bem longe o verão.

Era feliz e sabia,

o amor habitava meu ser.

Flertava com a poesia,

distribuía prazer.

Mas, de repente, o destino

trapaceou a razão.

Cruel, feriu o menino

que havia em meu coração.

Hoje espero por nada.

Quanto me custa viver !

Nos olhos, o pó da estrada,

é tudo que posso ver.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 07/07/2015
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