Acreditei

Acreditei que eram tuas

as mãos que seguravam as minhas.

Que de ti fluía a seiva de força

que circulando nas veias

aquecia-me o coração

Acreditei que no silêncio

das palavras

nossas almas se entregavam,

completavam-se,

num entendimento mútuo

de eternidade.

Acreditei que a aflição que me atingia,

atingia-te;

a dor que me corria a alma,

machucava-te;

e tuas mão segurando as minhas

poderiam salvar-me.

Acreditei.

Pego-me sozinha,

olhando as mãos vazias,

o olhar fixo no tempo,

pois o nunca e o sempre

foram-se

para não mais voltar.

Aziul
Enviado por Aziul em 05/08/2015
Código do texto: T5335193
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