Poesia de eco à Leminski

Não nego o direito à raiva

em legítima defesa.

Essa fúria inflamada de dor

que macera a beleza do amor

em caldo espesso e amargo.

Salvaguardo aquilo que posso

do que um dia foi o nosso

querido passado.

Por hora, deixo passar o querer.

Desejo ver o novo, apenas.

E a novidade me valerá!

Partejo em primeiro instante

a gratidão pela palavra

que enfeito.

Não te preocupes.

Eu me arrumo,

eu me ajeito.

E depois de um rolar de escadas,

é de se ter estima

por todo o amparo

que encontro na rima.

* Poesia inspirada a partir da obra "Amor" de Paulo Leminski.

Felix Ventura
Enviado por Felix Ventura em 25/08/2015
Código do texto: T5358786
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.