Se eu pudesse voar

Oh, caminho sinuoso

Pedras de tropeço me abalam,

Tentando me aterrar

Ao calvário o medo e ansiedades me crucificam

Pelo que me apetece gritar e dizer:

Quem me dera voar!

Queria ser alguém, filho de alguém

Mas sou ninguém filho do ninguém

Que nada tem

Mas que bem nunca me querem

Pelo que só me apetece dizer:

Oh, se eu pudesse voar!

Voaria tão alto em vaidade

Livre ao ar lá no relento

Como uma andorinha emigrante,

Que voa e vai pra onde quiser

Se colocando aos braços de alguém que me ame!

Que me ame com o amor real

Incomparável,

Inigualável que o mundo sempre almejou,

Sonha

E deseja ter

Mas por causa da falsidade apocalíptica que nos amordaça

O mundo perdeu o seu equilíbrio original do brio,

E mais longe do alcance de nós a confiança se desapega!

Oh, se eu pudesse!

Tivesse

Uma parede para me apoiar

Dava-me logo com as asas e voar,

Voar tão alto e ao lado dela poisar

Me apegar nela eternamente

Sem que homem algum nos separe

Juntos e unidos indissociávelmente ligados.

Oh, quem me dera ter asas e voar!

Moisés António
Enviado por Moisés António em 17/09/2015
Código do texto: T5385018
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