Ao som dos ventos bravios

Ao som dos ventos bravios

Gritam as almas perturbadas

Desespero trazido pelos ventos bravios

Amargura vívida, vidas despedaçadas

O som ululante nos corações vazios

Sussurros ensandecidos dos fantasmas

Flagelos que atormentam o mundo

Apodrecem seus corpos com miasmas

Transforma a Terra num lodaçal imundo

Contorcem-se entre gritos e lamentos

Tempestades afônicas de desejos mórbidos

Amálgama nascida entre pútridos sentimentos

Resultando em recantos sórdidos

Então em súplicas abafadas

Aqueles corpos corroídos pelo tempo

Vagantes a perturbar a seu contento

Perdem-se a cada nova badalada

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 18/09/2015
Código do texto: T5386481
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