CLAMOR
Lá no nordeste onde a gente
Luta sem muita esperança
É no coração que sente
Que a alma também se cansa.
A gente aduba a terra
Quando cai uma chuvinha
Sementes e esperança enterra,
Mas a seca não termina.
Passam meses passam anos
Nada que se planta vinga
Crescem mais os desenganos
Mas a esperança mão finda.
Debaixo de um sol ardente
A gente vai pelejando
Com suor rega as sementes
Que a gente foi plantando.
Nas orações que se reza
Clamando aos céus pra chover
Implora a Deus, pois tem pressa,
Até pra fé não perder.
Os açudes estão secando
O gado morrendo de sede
O sertanejo chorando
Busca conforto na prece
Mas com as forças minadas
A esperança fraquinha
Vê que não tem quase nada
E cabisbaixo caminha.
Vê a família sofrendo
A até aquela vaquinha
De fome quase morrendo...
Ela ainda era a esperança
Do leite pra filharada
Olha triste pras crianças
Que pra comer não tem nada.
Dobra os joelhos no chão
E clama a Deus pra chover
E juntos se dão as mãos
Pra dividir o sofrer.
Lá no nordeste onde a gente
Luta sem muita esperança
É no coração que sente
Que a alma também se cansa.
A gente aduba a terra
Quando cai uma chuvinha
Sementes e esperança enterra,
Mas a seca não termina.
Passam meses passam anos
Nada que se planta vinga
Crescem mais os desenganos
Mas a esperança mão finda.
Debaixo de um sol ardente
A gente vai pelejando
Com suor rega as sementes
Que a gente foi plantando.
Nas orações que se reza
Clamando aos céus pra chover
Implora a Deus, pois tem pressa,
Até pra fé não perder.
Os açudes estão secando
O gado morrendo de sede
O sertanejo chorando
Busca conforto na prece
Mas com as forças minadas
A esperança fraquinha
Vê que não tem quase nada
E cabisbaixo caminha.
Vê a família sofrendo
A até aquela vaquinha
De fome quase morrendo...
Ela ainda era a esperança
Do leite pra filharada
Olha triste pras crianças
Que pra comer não tem nada.
Dobra os joelhos no chão
E clama a Deus pra chover
E juntos se dão as mãos
Pra dividir o sofrer.