De si por mim

Não foi o desapego ou a falta de importância.

Foi a frieza.

Não foi a distância ou a falta de comuniação.

Foi o medo do desconhcido.

Não foi a ansiedade ou a incerteza.

Foi a deslealdade.

Aos poucos tudo foi voltando a ser cinza,

O foco mudou de rumo e o que antes era um desejo,

Ficou preso na lista de obrigações do dia seguinte.

Da rotina necessária e do pedido carente.

Não foi o desinteresse, foi apenas a falta de convivência.

Quem poderia imaginar, eu aqui ou você lá.

O brilho se esvai a cada novo dia,

E pra mim não mais importa, afinal fui eu que abdiquei de sentir.

Observo as pessoas que caminham caladas, absortas em seus próprios pesares e me descubro perdido entre elas.

Nós sabíamos que eu seria um eco mudo, em meio a tormenta que lhe atrapalhava a passagem.

O relógio preso ao verbo que você solicitaria na sua hora mais urgente.

Tudo está se perdendo, e somente nesse instante entendo.

Você é exatamente a dor que eu precisava para não mais sentir...

"A chuva cai lá fora como cortina de água que baila sobre a terra.

Deixando - se sorver pelos lábios abandonados.

Um coração despedaçado palpita de forma voraz.

Batendo agoniante para que seu amo não o reduza á pedras...

Agora é tarde demais, a ultima lágrima caiu e o último sopro esmoreceu

Ela jamais sentiria e muito menos eu."

L Orleander
Enviado por L Orleander em 14/10/2015
Código do texto: T5414798
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.