universos em busca de respostas

Uma pessoa é um planeta isolado...

dentro de um aglomerado de problemas,

estamos em volta do caos,

carregando nossos pesos,

os braços doem

e cada minuto é um novo horror.

Eu sou bobo em acreditar

que o povo posso mudar,

viver aqui nesse plano parece um dilema infinito,

cheio de peripécias, horrores, ações, retaliações e consequências,

nessas tonalidades sinistras e marcantes

que nos debruçamos por todos os cantos,

matando, explorando e impondo.

E qual é a lei natural que rege o nosso universo?

Sendo apenas, nós,

essas massas de acasos vagantes,

falantes e pensantes,

nenhum motivo e nenhuma lei

parece realmente importante para ficar e continuar.

Olho o céu e as estrelas,

o tempo parece convidativo,

existe alguma coisa além de minha capacidade de visão,

que me persegue, me trai

e foge dos meus braços

e a quero em meu coração.

Chega! de molestar-me desta forma,

cansei de andar deserto na multidão,

cansei da solidão sobrepondo os nossos olhos,

dos espíritos vampirescos

que sugam e apavoram.

estou só, mas não o único solitário,

só mais um deles olhando para si,

disperso e confuso.

o cosmo não existe e o caos é regime atual.

Admiro seus olhos quentes,

a expressão suave e os seus braços

cheios de fúria juvenil,

parte de mim transborda por esse amor

e nas ideias se alimenta,

mas há muito ela está faminta, morrendo,

fragilizada e desentendida.

Mas a esperança de vocês ainda é

um combustível para o mundo.

Bravos salvadores,

suas lutas seriam suas glórias

se de heróis ao ego o mundo não estivesse repleto.

Há tantos seres desimportantes,

achantes de vontade de salvar algo, mudar algo

conforme a sua forma.

Não compreendo nada nesse mundo,

e ainda não estou preparado

para receber tudo de uma vez.

Também não entendo,

mas sofro por esses tantos pesos,

essa vida longa, progressiva...

os fardos são pesados

e os rolamos em uma luta diária

até a morte.

A vida, sim, é uma brincadeira de mal gosto,

projeto talvez de um acaso sem noção

das consequências

ou de um Deus demente,

ausente, distante de toda essa dor.

Josué Viana
Enviado por Josué Viana em 13/11/2015
Reeditado em 01/01/2016
Código do texto: T5448038
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