O que os olhos vêm...

Esse carro!

Esta casa, essa flor, essa paisagem!

Além de tudo são bonitos!

Em sua potência imaginada

Em seus recônditos recantos

Em seu cheiro, em sua atmosfera!

E eu, pobre excluído!

Em meu exílio de virtualidade concreta

Sem qualquer auxílio das ousadias que me deserdam

Comprimo os impulsos qual voyeur imaginário

Abstraído nessas perdas prévias

Amordaçado até nos versos a que me reservo