ILUSÕES

Vivo a reboque, vagueio pelo mar da vida

Não semeio mais amor no coração de ninguém

Minha vida alugada, nada é meu, nem o tempo

A falta de um amor me endurece, me faz refém

Tomo hoje mais um dia emprestado

Alugo as ilusões nos bares da esquina

Ando pelos becos, nunca sou notado,

Minha fé não clareia e nada me ensina

A tempestade cessou, olho para o mundo

Trafego pelos sonhos que nunca sonhei

Não sei se o fruto do desejo vive em mim

Ou se vive apenas o que eu não desejei

Um dia meus aluguéis não serão renovados

As estradas estarão fechadas, eu bem sei

Alimento-me apenas, das velhas lembranças

De amores que tive e das mulheres que amei!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 01/07/2007
Reeditado em 14/11/2016
Código do texto: T547975
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