DESILUDIDO

Sinto muita falta sua,

Estou sombrio,

triste e aturdido;

Anormal, sub humano, paranóico e perdido,

Meu espírito chora, perdeu sua calma;

Necessitava de sua presença, para arrancar os espinhos

Que ferem minha alma.

Queria você aqui para preencher meu caminho,

Para dizer que é mentira a minha desilusão,

Para extorquir do meu peito o desatino,

E para arrancar esse amargor do meu destino,

Você coloria a minha vida e hoje...

Cinzenta está minhas dores,

Em reais dissabores.

Você fazia eu rever meus valores,

Hoje tudo é mentira e fantasia,

Lá se foi o amor da minha vida,

E junto com o amor, a minha alegria.

O mundo é caótico e vulgar

Vivo até mesmo sem ilusão

Então...

Qual é a resposta que eu darei ao meu coração?

Quando disfarçadamente a saudade chega, faceira e sutil?

Se Deus marcou a minha vida como um jogador marca suas cartas,

E agora difícil é viver sem você e aceitar que o meu sonho acabou

Não sei mais o que faço e nem o que digo para mim mesmo,

Pois não consigo mais me enganar,

Detesto saber que você não mais está;

Tento dar uma despistada na saudade, mas ela cismou comigo, como se fosse o meu castigo,

E o que tem mais sentido?

A vida?

E o que é a vida? Quem é a vida?

Para que me façam amá-la, ou odiá-la;

Como poderia respeitá-la,

Se essa vida arrancou de mim a minha própria vida....

Sabe Vanda, você ainda é tudo o que eu quero,

E por isso me desespero.

Que desculpa dou ao meu corpo quando acordo sem tua presença?

E ao meu olfato quando de fato desperto sem ter por perto o teu olor.

E que digo eu ao meu coração, se conheceu apenas você como um verdadeiro amor.

Mas quando desperto digo

////'que pavor'///

PAULINHO SOUTO MAIOR