DOR SEM FIM!

Oh! Ser notívago vagando a esmo!

Alma imersa na melancolia...

No espelho um espectro de si mesmo!

Olhando a dor que em si mesma sacia.

Soa ao longe uma canção desesperada!

Canto silente que corta a noite fria...

Voz cortante a entoar amargurada!

O adeus a luz que iluminava a poesia.

Vagido terrível de uma dor tão lancinante!

Sinfonia fúnebre no breu do coração...

Dor maior rasgando o peito delirante!

Alma pequenina gemendo de desilusão.

Sonho altivo que despencou da imensidão!

Agonizando no árido chão da realidade...

Tristeza infinda de um viver sem razão!

Esperança que morreu na flor da idade.