COLETE DE FORÇAS
Sinto-me num colete de forças,
Que não consigo neutralizar,
Fiquei inibido de me manifestar,
Com as minhas mãos mortas.
Deixei de reagir, fui perseguido,
Por ninguém eu fui socorrido,
Muita gente sem personalidade,
Que me entrega à fatalidade.
Sou um cidadão comum, lúcido,
Apertado num colete de forças,
Que condiciona os meus gestos,
E me impede de fazer versos.
Não me conformo, vou libertar-me
Deste colete de forças, já desfeito,
Pela minha liberdade vou batalhar,
Dando ao inimigo meu forte peito.
Ruy Serrano - 12.03.2016