Desencontros

Onde estão as flores?

Por onde andarão os amores?

Tudo ficou pelo caminho.

Pétalas e espinhos,

Espalhados pelo chão!

Cada passo.

Cada légua.

Longe demais...

Sem existir trégua.

Somente lutas.

Travamos nosso combate.

Seguimos em frente.

Nada de ganhadores

Somente empate.

Onde estão as flores?

Por onde andarão os amores?

Vejo surgir pedras

Em nossa estrada!

Nossas almas

Foram cortadas

Com imensas espadas.

Procuro a saída.

Não consigo

Desse labirinto

Nos livrar!

A cada minuto

Tudo se fecha.

Sangue na flecha.

O tempo nublado

Se transforma

Em escuridão.

Temos que conviver

Com nossa solidão.

Com nossa falta

De carinho.

Não enxergo outro caminho.

Só tentativas em vão!

Onde estão as flores?

Por onde andarão os amores?

Meus sonhos foram ao leu!

Feito folha de papel.

Jogado ao chão amassado.

E pelo destino pisado.

Preciso enxergar

Um novo horizonte.

Preciso encontrar

Uma nova fonte.

Onde dela eu beba

E a sede saciar.

E consiga matar

Toda essa vontade

Que tenho de amar

Eu te encontrei...

Eu te busquei...

Eu te conquistei...

A vida te entreguei!

Não há arrependimentos.

Nesse jogo de azar.

Só existiram contra-tempos.

O de não sermos livres.

E dessa entrega desfrutar.

Da vida:

Criou-se o encontro.

Do destino:

Fez-se o desencontro.

Fez-se a vida.

Fez-se o pranto.

Fez-se o sonho.

Fez-se o encontro.

Fez-se o amor.

Fez-se o desencontro.

Onde estão as flores?

Por onde andarão os amores?

Por onde andarei?

Aonde você está?

Como te encontrar?

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 20/05/2016
Código do texto: T5641137
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