Alegrias com Tristezas
Há um Viajante que andava só
Porém, não só ele estava
Bastante sede ele tinha
Porém retirar água do poço não conseguia
Até que um belo dia lhe veio um menino
Com nada além de carinho
O menino perdido ali
Sem saber para onde ir
Como foi que chegou ali?
O Viajante continua sem entender
Pois seu olho gordo não o permite aprender
Mas aprender não é tão dificil assim
Só é preciso reconhecer
Alegrias com Tristezas
Tristezas também com Alegrias
Um pacto é feito
Os céus se abrem
O menino entra sozinho no poço escuro
E retorna com um pouco de água para aliviar sua sede
Pois o covarde Viajante nada conseguia fazer
Quando derrepente para o surpreender
Uma serpente o fere no calcanhar e sem poder reclamar
O menino chora ao morrer
Pois vê o que lhe não era merecido acontecer
O Menino então morre
E o Viajante se alegra
Bendita ou Maldita és tu?
Oh Serpente!
Quem é que te colocou no meu caminho?!
Pois a justa hora de matar sua sede é essa!
Oh Viajante!
Sem hesitar o Viajante bebe da água do Menino
E após dar alguns passos
Lhe aparece um Velho que o pergunta no seu embaraço:
Onde achaste água?
O Viajante o responde:
Eu mesmo com minhas próprias mãos a retirei do fundo do poço escuro!
E o Velho que já sabia o que estava acontecendo
Pois de muito longe já o estava vendo
Tornou a lhe dizer:
Pois bem! Que Assim Seja!
Que seus olhos permaneçam sempre inquietos!
Oh Viajante!
E que tuas vontades sejam tão somente contra ti mesmo!
Viva do suor do seu rosto tão somente!
Levou a boca e não trabalhaste!
Colheu porém não plantaste!
Visto que és aproveitador e gosta de beber do suor dos outros!
Que teus irmãos o encontrem e lhe dê a justa medida!
Ajunte, pois Ajunte!
Mas que sejam outros a desfrutar do suor de teu rosto!
Paz na Terra!
E aos Homens de Bom Coração!