Dividida

Num sofrimento atroz sou dividida ao meio...

Uma parte de mim te gosta... A outra te detesta.

Um lado meu te procura, te cata...

O outro em lágrimas, te distancia, te afasta!

Essa divisão dilacera meu ser.

Meu coração diz sim, que te quer, que te ama...

Mas minha razão diz não, te reprime, te odeia!

Na minha saudade eu te chamo...

Mas na minha solidão, te silencio, te calo!

Tão dividida estou.

Meu peito se rasga de dor, num conflito sem fim.

Como medir o amor que te tenho e a mágoa que sinto de ti?

Meu coração e a razão se confrontam.

Atordoada e em desalento eu estou.

No meu coração tú és a razão do amor.

Na minha razão és a personificação da dor!

Em um és a alegria, no outro a tristeza!

Nessa divisão tão cruel, restam a lembrança

de um lindo amor vivido, e a conformação de

nossos descaminhos sofridos

Aurinete Alencar
Enviado por Aurinete Alencar em 04/10/2005
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