"TÁCITO PENAR"

Morri,

No momento em que você não deu valor aos meus versos.

Disfarcei num riso, toda a inesperada decepção.

Fiz um poema tão rico, real e lindo.

Denegri a beleza da lua, humilhei o seu brilho e perante a tua beleza, a coloquei secundária.

Comparei "Oh minha amada" O cintilar de toda constelação como meros focos espargidos no firmamento, pois para mim, o brilho do teu olhar ofuscava todas as estrelas.

Todavia, desfez-se dos meus versos e com uma furia nunca por mim presenciada, amassara com tuas mãos enrijecidas e carregadas de um odio indescritivel.

Após jogar meus versos ao chão, abaixei-me sorrindo disfarçando a dor que só um poeta nesse momento sente.

Um tapa, doiria menos que o teu contemplado gesto ao matar entre os teus dedos, a poesia que fiz para você, com todo e mais sincero sentimento.

Morri, mas estes versos, jamais serão sepultados.

CARLOS SILVA POETA CANTADOR
Enviado por CARLOS SILVA POETA CANTADOR em 16/07/2007
Reeditado em 01/03/2008
Código do texto: T566590