Na retranca

Ela vai ficando distante

Vai escorregando das vistas

Vai fugindo das mãos

Ficando na retranca...

Tem medo, quase pavor

Mantém os pés bem atrás

Olhos só observando cada gesto

cada tudo... Não quer se machucar;

Feriu tão profundo o céu

E outro céu também lhe feriu

Foi difícil por-se de pé de novo

Por pouco não desistiu;

Foi muitas lágrimas, prantos sem fim

Em quem deveria poder confiar, a apunhalou

E aos poucos do mundo foi saindo de cena

Aos poucos do ato se afastou;

Então hoje sabe que não é uma ilha

Mas mesmo não sendo, se distancia

Tem medo do que pode fazer com suas mãos

Tem pavor das tamanhas e dolorosas armadilhas!

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 16/08/2016
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