Pacto
O que esperar de ti, vida?
Senão a solidão dilacerante,
Que me rouba a noite prometida,
E me faz vagar como um errante.
Como desejar o depois,
Ou abrir de novo meu peito?
Se todo amor se foi,
ao desfazeres meu leito.
Não consigo mais sonhar,
Neste teu mundo de pesadelos,
Em que nada me faz acreditar
Em utopias que possam desfazê-los.
Tenho tão somente a mim,
E a morte, a não questionar,
Que me trará o inevitável fim,
Para contigo não mais pactuar!