ROSAS VERMELHAS PERFUMADAS

Não toco as rosas

mas o perfume eu sinto,

o jardim todo florido da alma,

mas nas mãos só restam os espinhos.

Na procura do afago das rosas

sinto um leve perfume,

sob o punhal, o desejo dilacerado

agora sangra, sobre as rosas do meu jardim.

Percorre as minhas entranhas,

se esconde em outro horizonte

onde encontro o jardim das tuas rosas.

No caminhar na vida, a verdade,

o corpo, a alma abandonada

com a mesma ilusão prostrada.

Precede-me ao tudo, ao nada,

mais deixa a lembrança e o cheiro nas mãos,

das tuas rosas vermelhas perfumadas.

LAZARO MARTINS
Enviado por LAZARO MARTINS em 28/10/2016
Reeditado em 07/05/2019
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