Estar "só" em meio ao "nós".

A presença tão certa da ausência

A ausência tão vasta da presença

De tudo que aprendi, deparo-me

com a verdade, com tamanha veracidade,

de que na realidade

Faz-se presente quem quer estar.

Enamoram-se casais

aparentemente tão longe

mas que possuem seus corações lado a lado.

Independente de onde estejam

sabem bem onde gostariam de estar.

E observando vagamente

percebo de forma simples e fácil

Contínuos amores, sós

onde um ama por dois

enquanto o outro empurra ao acaso

um romance nada romântico

esperando por um vendaval

onde nele apareceram verdades,

verdades as quais não tem-se coragem de dizê-las.

E espera-se que com o tempo

exista um dia

ao qual aquele que tornara-se só

em meio a um romance perdido

descubra que os motivos para continuar acabaram

e que continuar com isso é tolice.

Ao que esqueceu primeiro

abrirá-se-á um novo mundo.

Ele amará novamente, certamente

existiram outros amores.

Mas ao que tornara-se “só”

em meio ao que deveria ser “nós”

Sobrepõe-se a seguinte pergunta:

-Afinal, o que eu fiz de errado?

E dessa pergunta, não parou-se para

pensar que nada de errado havia sido feito.

Algumas pessoas apenas cansam-se de nós.

Cansam-se daquilo que antes lhe causara amor.

Simplesmente cansam-se de tudo,

navegam no novo

e nos deixam em nosso lugar.

Núbia Moraes
Enviado por Núbia Moraes em 07/11/2016
Código do texto: T5816528
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