Utópica salvação

Vontade podre de não viver

De ser um não-ser

De afogar-me de lágrimas

Invisíveis lágrimas,

Que só eu vejo.

Concentrado sonífero,

Tomei.

Caí, sonhando que podia ser feliz,

Que podia sorrir,

Sem medo de um dia ter que parar;

Pesadelo de parar de sorrir.

Volta ao sonho e lembra,

Que pode nadar em direção à costa,

Nada nas águas azuis,

Vê anjos – amigos- na sua direção

Querem te salvar,

Quando de um último suspiro, desaparece...

Deixando apenas o adeus de uma mão.

Deixa-se levar pela tormenta,

Absorve-se de querer pertencer ao mar,

Tem certeza então de querer não mais voltar.

Pedro Batalha
Enviado por Pedro Batalha em 30/07/2007
Código do texto: T584967