À MINGUA...
 
Quando eu mais precisei da tua companhia,
Tu te ausentaste sem tristeza ou compaixão
E eu fiquei chorando a te estender a mão
Que tanto te afagou a face – Que ironia...
 
Quando eu mas mendiguei um mísero carinho
Um afago, nada mais, apenas um conforto...
Teu coração gelado se fingiu de morto
Pro meu, que sempre foi escora em teu caminho...
 
Por fim, quando eu chamei teu nome, desvairado,
O eco não rompeu teu espírito blindado
E eu, refém do tédio e da desesperança...
 
Ao ver que tinha sido apenas teu brinquedo,
Sentei-me no amargor, fiquei chupando o dedo,
Vendo-te estraçalhar meus sonhos de criança...