Olhar circunspecto (Despedida)

Hoje, o mundo exige-me um olhar circunspecto,

Eliminando devaneios que atinjam meu coração.

Obtemperando joguetes externos, sem muito nexo,

Histórias incongruentes e insultares de apreciação.

Humanos que talvez subestimem corpo, alma e corações,

De almas aparentemente vulneráveis por expor emoções.

Mas, meu olhar circunspecto e guardiões que me cercam,

Jamais deixarão caírem por terra a minha alma e coração.

Sou poetisa desde a minha criação; primeira respiração!

E por mais que os percalços desnudem minhas emoções,

Submergida numa sinfonia de Bach volto a esquadrinhar.

Não mais o teu bonito rosto ou sorriso que ousei beijar...

Mas minha própria inteireza, de poetisa que se respeita!

Que adormece os olhos nas estrelas; graciosos cometas.

Contendo a “varinha”, pra que tudo se torne mais leve...

Desejosa que almas desnorteadas com a tua, achem-se por fim.