Vá embora!

Vá!

Eu não quero que volte,

não quero tua amizade,

nem tua compaixão.

Vá...

Eu já me desfiz das tuas amarras,

vá com Deus, ou com o diabo,

mas vá!

Não quero sua simpatia,

não quero sua amizade,

não quero que seja sociável,

não quero que lembre meu nome.

Some!

Eu estava tão bem,

sem nem sabe se estava vivo ou morto,

para não importa,

não faz diferença.

Esqueça!

Assim como esqueci de você,

vá em frente,

você foi embora,

e não precisa olhar para trás.

Tanto faz,

se estou bem ou não,

viva ou no chão,

não vou pedir socorro,

não para você.

Eu vou atirar tudo,

toda a mágoa,

raiva,

ódio,

desprezo,

asco,

que eu tenho por essa coisa,

chamada de pessoa,

que você é.

Vá!

Não volte,

não quero ouvir nada de você,

nem palavras ou desculpas,

não lembre de mim,

nem mesmo para me esquecer,

apegue já da sua memória,

como eu fiz com você.

Eu quero você,

longe,

eu não sei ser dissimulada como você,

fingida,

eu sou gente,

não barata,

eu tenho consciência,

eu penso,

sinto,

diferente de você.

Eu quero ficar longe,

metros, continentes, planetas,

de você.

Me ignore,

me esqueça,

me mate,

porque eu já matei,

e enterrei você