Nomeaste-me indecisa., delicada, sem tempo
Em horas de desacordo entre vis nações
ou amores a vida que se retirará sonífera
das cujas mortes ousaram oferecer quilates
o ouro da farsa, dos degredos, falidos réus
Direi um nome se puder entre vivos sobrantes
Nas vastas ocasiões dessa má ingratidão
na desonesta sabedoria dos valentes mimos
de cuja frieza se emerge um gélido vácuo
fartos desastres dessa humana rendição
E ergue-te muros sem cimento quase feridas
Olhar distante o general cinza de desaforos
com seus exércitos das façanhas já inúteis
pesadelo em sonho não querido de amante
o seu peso em falso ouro por meu bendizer
Sou da tua maldição de bradar muitos nomes
A gritar sua fome por rudes velhacarias
me matando o coração de esperança vaga
e dar a mim o pesadelo de ser desvalida
mas na sorte lhe darei certezas floridas
Te espero além dos portões de meu reverso
A trocar olhares mesmo dentre as ruínas
mal delirante epopéia de mundos violados
amôr aquecido neste lôdo de sua mentira
e sofrerei à luz clara em lágrimas únicas
Juz que faça de meu nome esperanças idas
Lembrada por ter um significado merecido
ousadia por meu penar secular entre dôres
indo solene as vestes rasgadas aos véus
sombreada por juras lamentáveis mundos
Meu senhor de mim, num esperar desistente
Sua fé vazia de existir fará fenecer flôres
tomando meu destino as rédeas vacilantes
perdurar ao sentir chorada por desiludidos
padecendo que sejas o meu desconfortar...