A Mulher na chuva

A MULHER NA CHUVA
Miguel Carqueija



Chuva que cai em meu rosto
lava assim meu sofrimento
pois permaneço em meu posto
porque Deus me dá alento!

Meus filhos não abandono
por causa de um desertor;
e mesmo com fome ou sono
sufocarei minha dor!

Não caio fácil assim,
tu não me derrotarás!
Tem muita energia em mim,
ninguém me passa pra trás!

A ti darei meu desprezo
pois detesto a covardia;
meu farol está aceso
e amanhã é outro dia!


O que fizeste comigo
não é o que importa tanto
mas as crianças que choram:
não foste delas amigo,
tu as deixaste no pranto,
por tua presença imploram...

É que a “outra” te domina,
por ela não foste homem,
fugiste só por paixão;
e esta será tua sina,
agora elas se consomem,
depois te renegarão!



Rio de Janeiro, 30 de maio de 2017.




imagem pixabay





 
Miguel Carqueija
Enviado por Miguel Carqueija em 31/05/2017
Reeditado em 31/05/2017
Código do texto: T6014129
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