DESENCANTO


Navego por mares desencantados,

em turbulências vejo-me à deriva...

esqueço limites infinitamente amargos,

redemoinhos de dor, envolvendo a vida.

Na busca da felicidade atroz,

mergulhei nas profundezas do teu ser.

Perdi-me em lágrimas,fui o meu algoz,

hoje sou deserto do que pude ter.

No silêncio doce, mágico de mim...

agonia invade minha alma pura,

siga sua vida a brilhar sem fim, que

eu fico inundada desta dor sem cura.

Sigo só no leme sem um rumo certo,

a enfrentar vagas de um amor incerto,

convivo com a saudade que corrói a alma,

em meio a tormentos de um amor deserto.




Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 14/08/2007
Reeditado em 21/04/2008
Código do texto: T607264