Dúvida

É estranho como eu me sinto cada dia mais intacto;

As mãos são tão sujas que tocam o ar quase que impróprio,

Se combinan e se misturam, tão imperfeitamente,

Se realmente conhecesse a essência, o fugor opróbrio,

Seres insanos, se corrompem, se amam,

São tantos, são todos, são próprios...

Bem como um predicativo, que qualifica, que desonra, que fulmina,

E se tem por objetivo, o tal "performance", o qualificado cosmo,

Queriam eles digerir, pois são cativos de uma mesma classe, de uma débil massa,

Povos assim que se edificam na mesmice, que julgam plenos,

Se sentem serenos, errantes,

E podemos, sim, vagantes...

Comparo com a estátua que é assim pra todos, mero modelo,

Puro abstrato,

Que não me acompanha o olhar, sequer nota que assim o faço,

Me acato,

No aspecto que a sociedade presencia como sendo ícone,

Abro a porta, e juro que não sei se entro,

Mas o medo de voltar me faz escravo,

E a vida se torna assim,

Tão vazia,

Sem saídas, nem entradas,

Pois sempre estará como barreira,

No centro dos problemas,

Reinventado os dilemas,

Abaixo e vejo os pés,

Meus pés me impedem de voltar ou seguir,

De ficar ou sair;

Portanto permaneço;

Aturdido como uma estátua que geme,

Nem pisca,

Que teme,

Ser isca.

Poet
Enviado por Poet em 15/08/2007
Código do texto: T608616