Dúvida
É estranho como eu me sinto cada dia mais intacto;
As mãos são tão sujas que tocam o ar quase que impróprio,
Se combinan e se misturam, tão imperfeitamente,
Se realmente conhecesse a essência, o fugor opróbrio,
Seres insanos, se corrompem, se amam,
São tantos, são todos, são próprios...
Bem como um predicativo, que qualifica, que desonra, que fulmina,
E se tem por objetivo, o tal "performance", o qualificado cosmo,
Queriam eles digerir, pois são cativos de uma mesma classe, de uma débil massa,
Povos assim que se edificam na mesmice, que julgam plenos,
Se sentem serenos, errantes,
E podemos, sim, vagantes...
Comparo com a estátua que é assim pra todos, mero modelo,
Puro abstrato,
Que não me acompanha o olhar, sequer nota que assim o faço,
Me acato,
No aspecto que a sociedade presencia como sendo ícone,
Abro a porta, e juro que não sei se entro,
Mas o medo de voltar me faz escravo,
E a vida se torna assim,
Tão vazia,
Sem saídas, nem entradas,
Pois sempre estará como barreira,
No centro dos problemas,
Reinventado os dilemas,
Abaixo e vejo os pés,
Meus pés me impedem de voltar ou seguir,
De ficar ou sair;
Portanto permaneço;
Aturdido como uma estátua que geme,
Nem pisca,
Que teme,
Ser isca.