Beber sem razão

Cala a cidade

Já é madrugada

E na escuridão

Tropeço em um corpo

Pelo o chão acolhido

Com um copo na mão

Bêbado inerte

Que da vida consegue

Ser apenas exclusão

E o vício o domina

Perdeu o capricho

Da retidão

Desonra a família

Os amigos se vão

E ele envolto

Da culpa que assola

Maldiz-se toda hora

Que não merece perdão

E que o seu destino

É ser peregrino

E beber sem razão

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 11/09/2017
Reeditado em 05/08/2020
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