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Percorro o caminho das minhas dores,
esperando o conforto do sono.
As noites não me trazem tuas recordações,
apenas tempestades de pesadelos revoltos.
Amanhece...
Levanto-me para minha realidade,
protegendo-me da luz que me resta da dignidade.
Chove em mim...
Chove-me por dentro da face,
anestesiando-me uma dor interna.
Venta em mim um vento doído,
varrendo todas as culpas sem dono.
Tu escapa-me como um mero capricho do destino, e pertencer-nos parece-me uma grande mentira, que a vida me pregou.
Volta a chover em mim e estamos no inverno.
Sei que a vida continua,  e , apesar deste silêncio, lembro-me sempre que dentro de mim, tenho o teu sorriso.
MIRAH
Enviado por MIRAH em 18/08/2007
Código do texto: T612543