Melancolia perto da promissão

Doente em casa, lembro-me um dia da esperança...

um dia dourado como uma ave de rapina

mergulhando no céu da água

procurando energia, vitalidade.

Mas hoje só tenho um dia talvez parado,

um dia de floresta negra, com horas duras,

um dia desesperado, um silêncio preservado

desde ano trazado, tudo no meu terreno não presente.

Tudo foi lorota, não havia espaço para crescer

na promessa de outrem,

preciso ser o homem que ontem esperava-me

e assim continuar a jornada, recuperar

o sangue derramado no rio e no leito

pelo coração abatido, resistente e confiante.

Leandro Ferreira Braga
Enviado por Leandro Ferreira Braga em 01/11/2017
Reeditado em 14/11/2017
Código do texto: T6159106
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