Suave palpitar

Ele sorriu...

Palpitou suave e se despediu.

Agradeceu uma vez mais antes de repousar

e partir sem hora certa pra voltar.

O pequeno mundo que habitava em meu ser

tornou - se frio uma vez mais.

Tornou - se silêncio, abafando a tal tormenta.

Cerrou os olhos de minha mente,

e do brilho restou apenas um cintilar opaco.

Era um erro evitado por tão pouco,

um disparate,

quando não se protege

a fortaleza de pedra que jaz viva dentro da alma.

Encarcerando os devaneios e apagando as ilusões.

Evitou que a roseira fosse morta

e obrigasse a si mesma,

a se trancar em meio a espinhos.

Escondeu o canto alegre das aves primaveris

e retesou em minha carne

o tornado furioso que traria novamente o Inverno.

Chegou como brisa, filha bela e esquiva do astuto Éolo.

Veio, mas nunca quis ficar...

L Orleander
Enviado por L Orleander em 27/11/2017
Código do texto: T6183999
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