-Agora Que Acabou

Faz de conta que me odeia!

Faz de conta que me esqueceu!

Agora que acabou, vem querer vomitar em mim os teus arrependimentos...

Faz de conta que acredito que uma parte de ti

sente muito.

Faz de conta que está machucado, que foi difícil me trocar pela primeira, segunda e terceira que apareceu.

Faz assim: me liga, me xinga, manda mensagem, diz tudo o que quiser! E eu finjo que acredito que a culpa foi minha, somente minha.

Vou esquecer tudo que eu, por amor a ti, fiz... Vou esquecer das vezes que te perdoei, que sangrei, pra te ver sorrindo, vou esquecer das noites em que dormi chorando, pela ausência que existia mesmo com você do lado.

O teu amor foi fraco, foi raso, foi insuficiente, se comparado ao meu.

Então pode vir, arruma todos os teus motivos pra me esquecer de vez, se isso for te ajudar a ser feliz.

Mas essa porta, que sempre esteve aberta, farei questão de fechar, pois no meu coração não há mais espaço praquele antigo "amor".

Faz assim: usa o teu “novo amor”. Pode estampar nas ruas, pode sorrir como se estivesse feliz, porque no fundo eu sei que, se arrependimento matasse, você estaria morto.

No fundo você me tem como ré do teu próprio crime. É mais fácil colocar a culpa em mim do que carregá-la.

Faz assim: diz que sente vergonha de mim, diz que sente nojo, se isso te faz sentir melhor.

Sei que é mais fácil do que confessar que algum dia me amou, mas não o suficiente pra insistir, pra não desistir... e nem suficiente para aquilo que você diz ser imperdoável.

Eu sei, é mais fácil pra você dizer que quem errou foi eu, do que assumir que não foi capaz de me amar como eu realmente precisava.

Faz assim: seja o santo dessa estória, diz que nunca errou, que sempre foi fiel, fala também que nunca precisou de perdão...

Diz que, desse desastre, a única culpada fui eu!

E tente se convencer....

Mas pode ficar em paz, que a mulher que sempre te amou, morreu.

-Ordones.

(G)