Doce Ilusão
"Olhos oblíquos e dissimulados, olhos de cigana...”
Quisera não ter caído nessa doce ilusão.
Teus lábios maldosos, olhos desleais...
Despir a sua máscara, a sua cruel sedução!
Seus movimentos lascivos, que estrangulavam os meus ais.
Ah! Quisera arrancar essa fingida bonomia.
Subornar o meu desejo desse enlevo medonho.
Desmascarar a inocência, a incoerência...
Acordar de uma vez desse tormentoso sonho.
Hoje, aliviado, contemplo o alvorecer.
A sinfonia da vida que se agita e se renova.
Traz-me grande alegria de viver.
Em meu peito a cicatriz não mais aberta.
Ao sol, o coração, estabelece uma rota nova.
Qual a abelha, atrás de uma flor charmosa.