ASAS QUEBRADAS
E eu o amara,
Como se não fora pecado amá-lo,
Como se isto não aviltasse,
A sua condição de SER.
Eu o amara com gentileza,
Com tanta passividade,
Com doçura e fragilidade,
Dentro da minha condição de SER.
E era de tão grande singeleza esse amor;
De tão grande ingenuidade esse bem querer,
Que chegara a ser amor de Flor,
Amor de não-sofrer.
Era amor Candura,
E de tão cheia Ternura,
Que parecia na alma não caber.
E eu amei descompensadamente,
O Doce Anjo que quebrou as asas,
Quando voejou pra longe,
Em outros céus, distantes,
Numa noite de trovoadas.
De agora, 12:16, 21/05/2018
Para o Anjo que deixou de ser
Juni Monte