O Abandono_Ressurreição Poética n° 26

Da Série: RESSURREIÇÃO POÉTICA

POESIAS ANTIGAS

[Veja a contextualização desta série na poesia n° 01]

O ABANDONO

Deixou-me de repente

Sem amor nem carinho

Com minha’lma latente

Sem achar um caminho

Deixou-me de surpresa

Náufrago no oceano de pranto

Sem ao menos a certeza

De mais uns dias de encanto

Deixou-me a remoer lembranças

Marcadas por infelizes planos

Fustigos de alma sem esperança

Desilusões, puros desenganos

Deixou-me bastante perdido

No meio do próprio ser

Com um grande amor partido

Choro lágrimas a sofrer

Deixou-me a catar migalhas,

Cacos de uma paixão

A mesma mão que agasalha

Me faz sentir solidão

Deixou-me num beco escuro

Um grito aflito, sem saída

Na mente um sonho obscuro

No peito, a saudade doída

Deixou-me como vagabundo

Sem destino, sensatez

Um triste fim tão moribundo

Passei a ter, desta vez

Deixou-me à casualidade

De um amor sem validade

Um brado roubado da minha garganta

Uma voz mutilada que não mais canta

Deixou-me o coração, pardieiro

Tento encontrar outro paradeiro

Um passado de amor tão fiel

Um presente de dor tão cruel

Deixou-me, enfim, grande peso

Da amargura nestes olhos abertos

Agora que tudo está pelo avesso

Só me resta escrever esses versos

© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

10 de maio de 1982

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 07/07/2018
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