Bagunça

Bagunça...

Não houvera sido uma bagunça!

Bagunça foi o que ficou depois...

A falta de conexão, de ordenamento mental.

Isso sim foi bagunça por muito tempo!

Um tempo sem conseguir contar os segundos,

Por eles se misturarem com as sensações de dentro, de fora de mim.

Dizer que foi bagunça prova que fora eu apenas um número.

Mais um entre tantos mais, por aí.

E por mais que me digas haver carinho...

Tuas palavras são categóricas!

Expressam uma repulsa paradoxal ao que posso enxergar.

Dás-me respostas sem certeza.

Querendo essas que exprimam certeza do que dizes, do que sentes.

(Ou talvez nunca tenhas sentido)

Mas saibas, meu caro, que tua expressão facial ao ver-me é outra!

Creio que saibas interpretar muito bem!

Porque somente um exímio ator sabes como dizer e demonstrar coisas tão distintas!

Fora uma bagunça.

A sua bagunça de juventude.

Fostes bagunça, também.

No sentido literal.

Porque tudo o que ficou depois ainda permanece desarrumado...

E assim permanecerá.

Porque é melhor não reabrir a ferida.

Por N motivos que jamais entenderias...

Por tantas coisas!

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 19/07/2018
Código do texto: T6394060
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.