Poeta em Desencanto

A morte da poesia no incesto da historia

Rompendo os grilhões da tirania

Onde marcham milhões a própria sorte

Agora rufam os tambores da guerra

Encerrando a memória das arvores

E aves sedentas de terror sobrevoam

Rapinando a esperança do medo

O terror se instala em cova rasa

Nas cabeças das valas sem cruz

E a eternidade não é fecunda

Nem vence o povo a tirania

Que é semeada na sua front

Adubada com canhões em desespero

Velhos segredos não mais se escondem

Agora é o orgulho posto a praça

A graça dos imbecis fecunda a mente

Mentindo a para a arrogância em prelúdio

E mudo esta o mundo em desencanto

Morto esta o poeta em desalento

Mas ainda que póstuma haverá poesia

Claudo Ferreira 21/10/2018

Claudo Ferreira
Enviado por Claudo Ferreira em 21/10/2018
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