Malícia

Realmente sinto muito

Por abrir aquela porta

Que muito se esforçava

Para mantê-la trancada

Violentamente a forcei,

Assustando a quem amei.

Apenas por egoísmo meu

Descobri em ti um tenebroso breu.

Sinto-me enojado

Por seu doce sabor amargo,

Odeio-me por ter desejado

O seu espinhoso afago.

Devo agora deixar-te só

Para que coloque sua cabeça

Dentro do forte nó

Que há em minha garganta.

Max Tuvache
Enviado por Max Tuvache em 19/11/2018
Reeditado em 18/01/2019
Código do texto: T6506424
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