Malícia
Realmente sinto muito
Por abrir aquela porta
Que muito se esforçava
Para mantê-la trancada
Violentamente a forcei,
Assustando a quem amei.
Apenas por egoísmo meu
Descobri em ti um tenebroso breu.
Sinto-me enojado
Por seu doce sabor amargo,
Odeio-me por ter desejado
O seu espinhoso afago.
Devo agora deixar-te só
Para que coloque sua cabeça
Dentro do forte nó
Que há em minha garganta.