E agora, Drummond?

Conto sei não porque,

posto que explicar não ganha freio;

Se não contasse fazia bem,

pois ninguém tem tempo

para o duelo e o quebranto alheio.

Mas visto ser minha espécie

amante de razão alguma,

tantos quantos do gênero tiver

eu contarei:

lá no fundo acho que ela tentou...

Ficou em mim tudo,

(conjeturas inverossímeis);

nela nada

(força das aventuras).

No fim, às vezes, ela dizia

uma frase educada;

noutras vinha a irritação.

Coisas mais houve,

mas seria contar longo

lance tão curto.

Eu?

Ora, eu fiquei tangendo moscas

perto da mastreação dos tolos.

Ah, se um dia topar por aí com Drummond!...

Capaz de lhe perguntar umas coisas.

Borboletas azuis
Enviado por Borboletas azuis em 27/11/2018
Reeditado em 07/02/2020
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