Poema poluído
Caminho vagarosamente
Com passos cansados
E a respiração ofegante
Meus olhos lacrimejando
Tudo se faz neutro
A linda Flor é palida e
sem cor
Não sinto o odor
do seu doce perfume
Respiro o ar poluído
Meus olhos findam
nesse ar falso
São versos caídos
num coração cansado
Traumas de uma epidemia
De poetas cegos
Contaminados
no mundo
de poemas doentes