Amores, desamores e ferrugem

Morena tez reluziu em prata o sorriso tímido,

Escondido em vários anos, história se fundindo.

História ao léu, talvez não escrita, acontecida.

Agora empretejada com o tempo, despercebida.

Ainda há encantos, ainda há graça e cortejos.

Não pra ela. Há recados e suspiros guardados.

Desde quando não há versos e nem beijos?

Só olhares e o silêncio e os braços cansados.

E essa estupidez louca insistente de sonhos,

De bocas e dentes e histórias poucas, irrisórias.

Como frustração boba entre versos enfadonhos.

Destino nada moral entre amores aleatórios.

Amores? Sim! Tudo é amor até desperceber.

Entre a ânsia até o sorriso esvanever, empretejar.

Até o poema esquecido na gaveta, na timeline.

Aquela tez sumir e a lembrança nem apertar.

Camila Cabral
Enviado por Camila Cabral em 09/01/2019
Reeditado em 09/01/2019
Código do texto: T6546837
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