CAIS E ADEUS
O mar inteiro embota os olhos...
Vertentes de um despropósito saudosismo, pudera?
O sal escorre, liquefeito.
O rímel molha os sulcos da face
igual borra de café.
Ah... O vento me desgrenha as madeixas.,,
O sol morre laranja, lá onde a retina se perdeu.
Rebento do mar.
Intempéries contra as rochas.
Eu cá, subjetiva, indefinida,
cais e adeus.
A lágrima modifica o que somos,
arde e invade,
Assim como o bater da água na pedra modifica a paisagem.