VIDA CONDENSADA

A cortina
Entre eu e o mundo
Encolhe-se com o toque do vento
Recolhe as poeiras intoxicantes
Enquanto vejo tevê
E não percebo o mundo afoito
Em seus últimos suspiros

A cena
Que foi feita para comprar minha atenção
Meus olhos mirando
O que meu coração diz não querer ver
Mas sou homem em busca de soluções
Tecendo no vazio de um metro e pouco
Minha ideologia artesanal

A corrente
Sobre meus pulsos firmes e fluidos
Na liquidez da vida condensada
Procuro meu código de barras
Entre os fios da minha barba
Sem saber como está meu preço
Em leilões cibernéticos
Entre os homens corroídos pelo poder
Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 19/05/2019
Código do texto: T6651444
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